Coruja do Samba Paulistana homenageia casal maravilha

A Escola de Samba Em Cima da Hora Paulistana anunciou, recentemente, seu enredo para o Carnaval 2016. Enredo esse muito bem recebido pela comunidade do samba e foliões, de uma forma geral, pois se trata de um dos casais mais importantes, da história atual do carnaval de São Paulo e detentores do título de: Melhor casal de Mestre-Sala e Porta Bandeira do século (21).

Título esse concedido através de uma eleição promovida pela Folha de São Paulo, 2011, com o aval de críticos, sambistas renomados, presidentes de escolas de samba e jornalistas.

“Nas asas da Coruja do Samba, Gabi e Vivi… Bailando como o voo das borboletas… História viva do Carnaval paulistano”.

Esse é o enredo que a Coruja leva à avenida e aproveitando o dia do Mestre-Sala e Porta-Bandeira (Lei n. 15.404/2011), fomos bater um papo com o presidente Jair e com o Casal Maravilha sobre o assunto.

A ideia de homenagear o Gabi e a Vivi surgiu de uma necessidade, como sambista, de resgatar, não só valores, mas nomes, histórias reais e atuais de pessoas que “ralaram”, assim como a gente rala, pra manter viva a cultura do carnaval e fomos muitos felizes na escolha. Nós estamos eufóricos, a acolhida, de um modo geral, pela comunidade do samba, está sendo bem positiva. Esperamos fazer um desfile carregado de emoção e retratarmos, dentro de nossas possibilidades, esta história tão bonita (comenta o presidente da Coruja Jair Santos).

A ideia de homenagear o Gabi e a Vivi surgiu de uma necessidade, como sambista, de resgatar, não só valores, mas nomes, histórias reais e atuais de pessoas que “ralaram”, assim como a gente rala, pra manter viva a cultura do carnaval e fomos muitos felizes na escolha. Nós estamos eufóricos, a acolhida, de um modo geral, pela comunidade do samba, está sendo bem positiva. Esperamos fazer um desfile carregado de emoção e retratarmos, dentro de nossas possibilidades, esta história tão bonita (comenta o presidente da Coruja Jair Santos).

 

A homenagem do enredo é recebida com muita alegria e emoção, até porque estamos recebendo-a em vida, o que é privilégio de poucos.

A homenagem do enredo é recebida com muita alegria e emoção, até porque estamos recebendo-a em vida, o que é privilégio de poucos.

 

Assim começou nossa conversa informal… e continuou…

Melhor casal de mestre-sala e porta-bandeira do século e agora enredo de escola de samba. Qual emocionou mais?

       Duas emoções diferentes, cada uma com seu valor e significado. Melhor casal do século é algo único, pois não vamos conhecer o próximo, e com relação a ser enredo, temos de confessar, está homenagem, de inicio, deu um calafrio em ambos, pela responsabilidade de representar uma comunidade toda.

Na opinião de vocês, está faltando alguma coisa no Carnaval do século 21?

      Não diríamos “está faltando”, mas, com certeza tem coisa que nos causa estranheza, como a falta de respeito com as tradições do carnaval, exemplo: com a velha Guarda, Pavilhão, Baianas… sem contar a falta de espontaneidade dos componentes nos desfiles das escolas de samba ( hoje é tudo coreografado ).

Graças a Deus encontramos “terra firme” que recebe nossa “sementinha de pensamento”, pois, compactuamos com eles a esse respeito, realmente a grande ópera tem se transformado num festival de “piruetas” ultimamente, parece que a coisa tá muito engessada e extremamente igual (mas, conjecturas à parte, voltemos ao final de nossa conversa).

Existe algum casal que serviu de inspiração pra vocês?

      Na época que começamos várias Porta-Bandeiras já brilhavam, uma melhor que a outra, com estilos completamente diferentes, Sonia Mocidade, Eneidir Vai Vai, Rosangela Rosa de Ouro e muitas outras, mas, a minha inspiração maior foi Alice da Império Serrano, que na época desfilava na Barroca. Já para o Mestre Gabi a inspiração foi o Hudson da Mocidade Alegre.

Depois dessas palavras só nos resta agradecer imensamente a atenção de todos, refletir as “estranhezas” e desejar um ótimo carnaval, mais livre e leve, para todos!